O lençol branco...
Lembro de quando era pequena (um dia fui, acreditem! rs), uma professora contou uma história sobre um lençol branco no varal...
Era um lindo lençol, desses de sei lá quantos fios. Branco, grande, gostoso... daqueles que, mesmo com o passar do tempo, não ficam com "bolinhas" (tem gente que se incomoda com as bolinhas...). Esse era assim... de boa qualidade.
Um dia sua dona foi colocar o lençol no varal, depois de lavá-lo, e percebeu que havia uma mancha nele... Ela pegou o lençol, lavou novamente, esfregou, esfregou, mas a mancha não saiu. Chateada ela resolveu parar e deixá-lo lá secando, mesmo com a mancha. Não queria se desfazer dele, pois era um bom lençol, que além disso tinha um certo valor sentimental.
Todos os dias ela acordava e olhava pro lençol no varal... Mas só conseguia olhar pra mancha, esquecia que apesar daquela pequena mancha, ainda existia todo um pano branco e de boa qualidade, esquecia do valor que aquele lençol tinha pra ela.
Muitas vezes agi assim em minha vida. Muitas vezes me esqueci das coisas "brancas" e olhei só pra mancha minúscula que havia lá. Perdendo meu tempo com uma mancha, mesmo sabendo que todo o resto me valia.
É difícil aprender que qualquer lençol está sujeito a ficar manchado, que mesmo trocando, este pode um dia se manchar também.
Não lembro direito como termina a história do lençol, mas isso não tem importância nesse momento...
O que mais me chamou atenção, foi como minha professora concluiu: "Um dia você é o dono do lençol, que só consegue ver a mancha, sem lembrar que por muitas vezes ele te aqueceu, e ainda é capaz de fazer isso, pois tem apenas uma pequena mancha. Mas, um dia você pode ser o lençol, implorando para que seu 'dono' veja além da mancha".
Hoje vejo que meu lençol manchado me aquece...
Mas, também sou o lençol pedindo para que vejam além da mancha.